segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

o futuro no casino


"Os pouco mais de 100 metros quadrados da sala de convívio do Casino do Estoril foram pequenos para acolher os colaboradores que quiseram ouvir o que a Comissão de Trabalhadores da Estoril-Sol tinha para dizer em relação ao despedimento colectivo.

A maioria já com cabelos grisalhos, com rugas vincadas no rosto, com um tremor na voz - mas sempre a tentar esconder o nervosismo. O semblante era carregado e os nervos foram transparecendo ao longo de mais de uma hora de "convívio". Só mesmo algumas piadas é que conseguiram, por segundos, aliviar o ambiente. No final, o sentimento era de "luta pelos postos de trabalho", sem resignação. E a Comissão Unitária de Trabalhadores (CUT) garantiu: "eles [administração] não têm hipótese, nós temos argumentos muito fortes"."
por Ana Torres Pereia

1 comentário:

Anónimo disse...

Despedimento colectivo de 112 trabalhadores no Casino Estoril
Nestas condições não constituirá um escândalo e uma imoralidade proceder-se à destruição da expectativa de vida de tanta gente ? Para mais quando a média de idades das mulheres e homens despedidos se situa nos 49,7 anos ?
Infelizmente, a notícia de mais um despedimento colectivo tem-se vindo a tornar no nosso país numa situação de banalidade, à qual os órgãos de comunicação social atribuem cada vez menos relevância, deixando por isso escondidos os verdadeiros dramas humanos que sempre estão associados à perda do ganha-pão de um homem, de uma mulher ou de uma família.
Mas, para além do quase silêncio da comunicação social, o que mais choca os cidadãos atingidos por este flagelo é a impassibilidade do Estado a quem compete, através dos organismos criados para o efeito, vigiar e fazer cumprir os imperativos Constitucionais e legais de protecção ao emprego.
E o que mais choca ainda é a própria participação do Estado, quer por omissão do cumprimento de deveres quer, sobretudo, por cumplicidade activa no cometimento de actos que objectivamente favorecem o despedimento de trabalhadores.
Referimo-nos, Senhores Deputados da República, à impassibilidade de organismos como a ACT-Autoridade para as Condições do Trabalho e DGERT (serviço específico do Ministério do Trabalho) que, solicitados a fiscalizar as condições substantivas do despedimento, nada nos respondem.
Mas referimo-nos também à Direcção-Geral da Inspecção-Geral de Jogos, entidade a quem cumpre fazer cumprir as normas legais da prática dos jogos, que não hesita em violar os imperativos da Lei nº 10/95, de 19 de Janeiro, para possibilitar à empresa o despedimento dos porteiros da sala de jogos tradicionais.
A corrupção não existe, agora chama-se: Ciência Politica Utilitária